sexta-feira, 3 de junho de 2011

Bullying

Ultimamente temos ouvido muito falar sobre Bullying. Sua ocorrência tem sido cada vez mais constante, sendo até extremas, como o caso  do australiano Casey Haynes, 15, que reagiu com um golpe violento após levar pancadas no rosto por um dos colegas da escola, Ritchard Gale, 12. A cena foi gravada e virou o vídeo sensação da internet. 
Bullying ,vindo da palavra Bully que significa “valentão”, é definido como abusos físicos ou psicológicos à uma pessoa, que na maioria das vezes, é mais frágil do que o seu agressor.  Ocorre geralmente no colégio, com crianças de 10 a 15 anos.
 “Todo mundo ficava chamando-o de viadinho, que ele não tinha talento nenhum.” Conta a estudante Luiza, 19, que admite ter sido uma bully em tempos de colégio e satirizava juntamente com outros colegas um garoto da sua sala de aula que era homossexual e cantor. Luiza conta que até chegaram a ridicularizar o garoto na frente de todos, passando cola na cadeira em que ele sentava e após isso, o mesmo ficou duas semanas sem ir à escola por vergonha.
Segundo a psicóloga psicoterapeuta Jussara Pantaleon,  o que leva uma pessoa a praticar o bullying  é normalmente a intenção de ter status no grupo em que convive. Para isso, usa o caminho da perversidade para ter uma posição no grupo, mas pelo lado negativo.
Nathalia M , 18 , estudante, conta que sofreu Bullying na escola, quando era zombada por ser magra e ter o cabelo enrolado. “Eu chegava na sala de aula e um garoto já gritava: cabeção!” Ela conta que a brincadeira de mau gosto era constante, quase todos os dias, e isso afetou sua  auto-estima . Na época ela até tentou alisar os cabelos por causa da situação. “Um dia o garoto começou a me ridicularizar na frente da sala toda e eu revidei, contando na frente dos colegas de classe uma verdade sobre ele que só eu sabia. Hoje não faria isso, mas na época precisava me defender de alguma forma”, conta.
“Uma solução para o Bullying é  que a vítima não deixe de denunciar os agressores e que cada vez mais se divulguem essa questão principalmente com profissionais e em escolas.”, diz a psicóloga. Colégios já têm aderido as palestras, como o Colégio Albert Sabin, de São Paulo, que promoveu um ciclo de palestras sobre o assunto.
“Eu queria ser aceita do jeito que eu era, até meus amigos riam. Minha mãe chegou a ir reclamar no colégio sobre a situação, mas nada mudava. Passou e hoje já estou recuperada, nada mais dessa história me afeta ”, conta Nathalia.
O Bullying as vezes é confundido com o preconceito, mas, segundo a psicóloga, o preconceito pode vir como herança de família e não é com intenção de afetar diretamente a vida de alguém, mesmo que também seja errado. Já o Bullying afeta totalmente a vítima e é proposital.
A punição para os agressores ainda não é muito eficiente, pois na maioria das vezes, as vítimas são ameaçadas e acabam não denunciando o ocorrido. Também falta uma conscientização de que este ato é um tipo de violência e não uma normalidade dentro da formação social de uma adolescente, criança.

Rebeca Carrara
 Paulo Alves
Isabella Filippini
Marina Pantaleon
J11

segunda-feira, 30 de maio de 2011

A homossexualidade ainda é um tabu para a sociedade


Durante a história da humanidade, a homossexualidade já teve seus extremos: admiração e condenação, chegando a ser classificado como doença. Nos anos 70, a Associação Americana de Psiquiatria deixou de classificar a homossexualidade como tal. No Brasil, isto só ocorreu em 1985 pelo Conselho Federal de Psicologia, que em 1990, declarou que a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão. Um ano depois, a Anistia Internacional passou a considerar a discriminação contra homossexuais uma violação aos Direitos Humanos.

Com a liberação da união homoafetiva no dia 5 de maio deste ano, mais jovens passam a se assumir para a família e amigos, e isso traz outro problema, o da aceitação. Em uma sociedade cheia de regras: regras de conduta, regras de bem viver, regras de comportamento social, regras de convivência familiar, torna-se um fardo para aqueles que não são vistos como “iguais”, viver em comunidade.


Para Lucas Rodrigues de Carvalho, 21 anos, estudante do 3º ano de jornalismo na Universidade Metodista, foi muito difícil conversar com a mãe sobre sua opção sexual. ''Ela acha que é uma fase, e que vai passar. O que ela tem que entender é que não é uma fase, é o que realmente sou '', conta. Ele não se assumiu para o pai, pois acha que ele não vai aceitar por ser um ''pouco'' homofóbico. ''Meu pai é totalmente careta para isso, não aceita e não gosta. Seria um baque pra ele descobrir que seu filho é [homossexual]'', declarou.

O mineiro de Itajubá, sul de Minas Gerais, ainda afirmou que ao se mudar para São Bernardo do Campo no ABC Paulista, as coisas ficaram mais simples, ele se sentiu mais livre para expressar o que sente e se redescobrir.



Bruno Rodrigues de Carvalho é o irmão mais velho de Lucas, ele conta que não foi difícil aceitar a opção sexual do irmão, mas que fica preocupado em como ele pode ser encarado pela sociedade, ainda mais quando reflete o acontecimento na Avenida Paulista em novembro de 2010. ''Qualquer um sabe que vivemos em uma sociedade preconceituosa, e isso me deixa preocupado, pois não sei como será a aceitação das pessoas.''

Dimas Tadeu de Lorena, 25 anos, formado em comunicação social na Universidade Federal de Juiz de Fora diz que foi difícil preparar sua mãe, mas que ela já aceita normalmente e já foi até na parada gay de Juiz de Fora junto. ''Minha mãe tem uma cabeça aberta e acabou entendendo, mas não foi fácil, porque ela tem muito medo do mundo lá fora, como todas. '' A principal complicação para Dimas Lorena foi assumir que mantinha um relacionamento e vivia com seu namorado. Para ele a homossexualidade não é algo que se fique comentando, cada um tempo sua opção sexual. ''A gente não tem que se apresentar como homossexual, um hetero não chega numa conversa falando: Olá sou hetero,’’ contou. 


Os casos de aceitações são os mais comuns em jovens que ainda não se sentem preparados. Como o caso do estudante de publicidade L.F., 18 anos, contou que se descobriu de verdade aos 15 anos, mas devido o preconceito e o medo conseguiu se assumir somente para a família. ''Eu acabei contando para os meus pais que de alguma forma eu achei que eles entenderiam e fossem me apoiar. E realmente, foi o que aconteceu. ’’

Segundo a psicóloga Elizabeth Carmello, cabe a sociedade entender que a homossexualidade não difere ninguém, e apesar de ter vários pacientes homossexuais, não são eles que devem procurar tratamento psicológico e sim o 
homofobico. ''A homofobia sim é uma doença, e ela que precisa ser tratada'', finalizou.




(Dimas T. Lorena na Parada Gay de Juiz de Fora com sua família) 




(Primeiro casal Gay a registrar União Estável no Brasil) Foto: http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=153817&id_secao=1







Ana Paula Pereira Pappa
Bianca Rodrigues Fernandes
Flávia Mengar
Natalia Quinta

J 11

A legalização da união homoafetiva e seus efeitos sobre a sociedade

Conversando com os advogados do escritório de advocacia Direito Homoafetivo, fica claro que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) não dá direito aos casais homossexuais de se casarem, “Os casais passam a ter os mesmos direitos dos casados (exceto o direito de casar - visto que ainda continua só para homem e mulher), direito à pensão, herança, benefícios INSS, partilha, etc.”. “Antes deste tipo de união ser legalizada, era comum que as famílias de homossexuais, mesmo após tê-los abandonado, fossem em busca da herança quando este morresse.” Diz Cibele, 32 anos, esta opinião também é compartilhada pela cabeleireira Edna Gentile, 63 anos,“ Eu, que trabalho muito com homossexuais, sei que a família se mantém interessada no dinheiro deste parente, o dinheiro deve ficar com aquele cuidou a vida inteira do parceiro”.
Nos arredores do bairro de Higienópolis, os moradores mostram-se extremamente de acordo com esta decisão do STF, “concordo com esta decisão, todos devem ter os mesmos direitos contando que haja respeito” diz Yuri Pinheiro, 25 anos. Quanto à adoção as opiniões diferem-se um pouco, Edna Gentile não é a favor da adoção por parte de casais homossexuais, pois “as crianças vão passar por muito preconceito com os coleguinhas”. Há muita resistência por parte da população quanto à adoção, pois ainda existe uma cultura de achar que os pais vão influenciar na orientação sexual da criança, porém pessoas como Renato Azevedo, 25 anos, acham exatamente o contrário, “não é porque os pais são gays que as crianças também serão”, diz.
            Existem grupos radicais que são intolerantes quanto a assuntos relacionados ao homossexualismo, para Michel Pereira de França, ex-skinhead, o casamento homossexual faz com que esta questão seja tratada com mais naturalidade, mas quanto à adoção, diz: "na minha opinião, o homossexualismo é uma doença que já nasce com a pessoa e isso vai influenciar muito na orientação sexual da criança e na cabeça, fazendo-a se sentir diferente das outras". 

Edgard Inada, homossexual assumido, namora há um ano e pretende legalizar sua união, “a gente já fica pensando como vai ser nossa casa, como será decorada; quantos cachorros a gente vai ter”. Edgar acredita que esta legalização revela uma mudança da nossa sociedade, “acho que é um grande avanço e até ajuda a amenizar o preconceito já existente”, mas, segundo ele, uma criança adotada por um casal homossexual ainda passará por muito preconceito.
“Acho muito difícil acabar com o preconceito da sociedade” diz Yuri Pinheiro, segundo ele as pessoas não se sentirão mais à vontade para expressar sua opinião contra casais homossexuais, mas continuarão com o mesmo tipo de pensamento. Os moradores de Higienópolis também acreditam que o preconceito não acabará. Para os advogados entrevistados, “a mudança na legislação não mudará isso, é uma questão cultural e não legal”.
Livia Geampaulo, Mateus dos Anjos, Natália Rodrigues e Renata Vomero

terça-feira, 24 de maio de 2011

Pauta

Falaremos na reportagem sobre os impactos da união homoafetiva em nossa sociedade e na vida desses novos casais. Apresentaremos informações sobre os movimentos antes da liberação, sobre o espaço que esse casais ganharam em nossa sociedade, sobre a diferença que tudo isso gera em suas vidas pessoais, sobre o como tratam desse assunto em família, e sobre a aceitação familiar e dos amigos.

Ana Paula Pappa, Bianca Fernandes, Flávia Mengar e Natalia Quinta. - 1J11 

domingo, 15 de maio de 2011

Democracia sobre a imprensa

A liberdade de expressão pode ser a palavra exata para o básico de uma democracia, exatamente por isso que a imprensa tenta sempre caminhar por esse espaço na sociedade.
A imprensa necessita da democracia para expor todas suas idéias, para os meios midiáticos poderem reportar o que bem entenderem sem aquela censura de anos atrás. E essa mesma censura habita os dias atuais, controladas pelos chefãos, como os da política, que mostram total controle sobre o que querem transmitir para a sociedade, fazendo assim, uma sociedade não-democrática. E para provar essa repressão não ocorre somente no meio político, o documentário Muito Além do Cidadão Kane, 1993, retrata a manipulação que a Globo exerce para com a sociedade. E recentemente o caso eutanásia foi proibido de ser comentado no twitter. Não é liberdade de expressão, não é democrático. 


Bianca Fernandes e Natalia Rodrigues - J11

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Poder simbólico sem censuras


No período da Idade Média, a igreja era a grande detentora do poder simbólico  no mundo, sendo a grande responsável pelos valores presentes na época.  Hoje,  esse poder está nas mãos da imprensa.
Ela exerce influência direta na vida de todos os cidadãos,  é usada para denunciar, informar, questionar, atuar como formadora de opiniões e levar tudo o que acontece no governo até o povo.
A partir do momento que a  imprensa passa a  ser controlada por interesses políticos,  com sua liberdade de expressão ausente, seria impossível considerar a existência da democracia, já que esta parte do princípio de um governo de “todos”.   Como seria de “todos” se a grande maioria não tivesse acesso ao que acontece nos bastidores do poder?   

Marina Lopes

O caminho para a democracia

Uma vez que, segundo o site da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, a democracia "é um conjunto de princípios e práticas que protegem a liberdade humana", cabe à imprensa o papel de mediadora, de elo entre governados e governantes - o caminho para a livre expressão da opinião pública. 

Tachados de tendenciosos e superficiais, os jornalistas ainda são (ou pelo menos deveriam ser vistos como tais) os representantes da sociedade, fontes de informações.  A liberdade de expressão é princípio fundamental de uma sociedade que se diz democrática. Se não houver imprensa, a democracia perde sua essência.



Suzanne Tanoue
1D12